Primeira parte da
viagem, Rio de Janerio – Paris. Voo tranquilo, só tirando a pequena queda de
uns cinco segundos durante uma turbulência. Depois de cobrir um desastre aéreo
de um avião da Air France com o mesmo trajeto e de recentemente ter feito
matéria sobre um voo que precisou retornar por causa de pane na aeronave, vocês
já imaginam o que eu pensei na hora.
Chegamos a Paris após quase 11 horas de viagem. Assim que
cheguei fiquei de boca aberta com a imensidão do aeroporto. Uma vergonha para
todos os aeroportos do Brasil. Lá funciona uma linha de metro que interliga os
terminais. Só para ter uma ideia. Bom, não vou me prolongar nisso. Pauta para
outra hora.
Duas horinhas de conexão e mais cinco horas até Tel Aviv.
Viagem cansativa já que estávamos baleados do último voo e o fuso horário
começou a fazer efeito (3 horas a frente na França e 4 horas em Israel).
O que me chamou atenção no voo e achei bastante engraçado
foi quando serviram o lanche. Antes de embarcar todo mundo mandou eu tomar
cuidado com a guerra infinita entre Israel e Palestina e blá blá blá. Aí pedi
uma coca-cola e a latinha parecia uma granada.
Quando chegamos a Israel, sensação ótima. Dezoito horas de
viagem e era só correr pro abraço. Quando fomos para a imigração a mulher
apenas me perguntou: ’’qual o nome do se
pai?’’. O velho tá aqui comigo, quero ver alguém negar.
Fomos retirar as malas e pronto. Primeira merda da viagem. A
Air France deixou a minha bagagem e de mais três pessoas na França. Tive que
relembrar meus tempos de punk e fui dormir sujo (mentira, tomei banho). Nosso
Mestre de Krav Maga, que é israelense, resolveu tudo. No sábado de noite vamos
ter nossas bagagens aqui no hotel. E ainda ganhamos bônus de 100 euros para
comprar roupas e materiais básicos.
Depois do incômodo, podemos enfim entrar em Israel de fato. Nosso
ônibus nos levou até o hotel em Jerusalém, e no caminho já deu para perceber
como as coisas são por aqui. Tudo
bonito, informativo (placas em hebraico e inglês) e vazio.
Descobrimos o motivo da cidade estar praticamente morta
assim que chegamos o hotel. Israel, principalmente Jerusalém onde estão os mais
religiosos, segue o calendário lunar. Ou seja, sexta-feira, à partir do pôr do
sol, já é sábado. E sábado é o dia do descanso. E eles levam isso a sério. Só
para se ter ideia, no hotel existe um elevador que funciona automaticamente e
para em todos os andares, só para não terem o trabalho de apertar os botões. O
hotel estava cheiro, porque muitos deles se hospedadam para poderem ser
servidos e não terem afazeres domésticos. Até abrir pia eles se negam. Há uma
bacia ao lado das pias para que se limpem.
O legal é que as lojas fecham e só vão abrir depois do pôr
do sol de sábado. Vou passar o dia todo com a mesma roupa. Show de bola.
O fim da noite foi jantar, escrever e dormir. Ah, não posso
também deixar de contar. Estou dividindo o quarto com um rapaz que também
perdeu a mala. E só pode ser piada. Embaixo da cama havia uma cueca imunda.
Sacanagem.
Vamos, que vamos. Está apenas começando.
2 comentários:
Porra...isso é só o começo? Tenho certeza que vai ser uma ótima experiência de vida para você. Tudo de bom!
João Alcides.
E começa a aventura!! :)
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