Chegamos lá, um frio do cão, um vento, uma chuva, não é
possível o quanto chove nesse deserto. Nos filmes falaram que deserto era lugar
de calor e sol, mas vocês sabem como é o povo de Holywood. Enfim, fomos
recebidos com uma palestra, em que o PhD responsável pelo instituto nos mostrou
o que eles fazem, como fazem e o porquê de fazerem. Ao final da palestra eles
retificaram o oitavo dan dado a ele no ano passado pelo Haim Zut. Eles falaram
por serem um instituto de estudo não podem graduar ninguém, mas podem confirmar
o que já foi dado.
Depois da palestra ganhamos camisas muito bonitas e fomos
para o tatame, onde realmente gostamos de estar. Tivemos cerca de três horas de
aula com um instrutor de Krav Maga do próprio Wingate. O cara era um bichinho de descendência
italiana que parecia aqueles matadores na máfia, coisa do tipo. Mas foi super
gente boa. Nos ensinou umas técnicas que alguns até já sabiam, mas de forma
diferente. Foi super produtivo o treino.
Estávamos atrasados e almoçamos correndo no próprio Wingate.
Hoje, dia 9 de janeiro, completaram 15 anos do falecimento de Imi, criador do
Krav Maga. Nos fomos até o cemitério. Todos em linha fizemos kidá para ele e
sua esposa que está sepultada ao seu lado. Aqui em Israel não se abre túmulos.
Então não tem aquelas coisas de sepulturas familiares.
Aqui também há um costume diferente d Brasil. Geralmente
quando visitamos cemitérios colocamos flores nos túmulos. Por aqui o costume é
colocar pedras. Na filosofia deles as flores morrem e as pedras ficam para
sempre. Faz sentido. Então é comum vermos túmulos cheios de pedras.
Em seguida, dando prosseguimento à viagem, foi a vez de
visitarmos o Museu dos Blindados. Vários
tanques de várias guerras. Um prato cheio para quem gosta de material bélico.
Lá também assistimos um filme, na verdade o restante do rupo assistiu, eu
confesso que dormi. Voltamos pro lado de fora e a chuva caia e o vento batia e
a gente morria.
Fomos ainda em um lugar chamado mini Israel, é simplesmente
o mapa de Israel em miniatura. Quem gosta é legal, mas não foi nada de
sensacional.
Na volta para Netanya, a chuva caiu forte. Por incrível que
pareça choveu granizo. Ainda paramos em um monumento feito em homenagem os
judeus que saíram da Hungria em direção ao local onde hoje é Israel. A balsa
teve vários problemas na viagem, e um dos passageiros era o Imi. Já era noite,
chovia, fazia frio e ventava muito.
Ainda tive pique pra dar uma volta aqui na cidade, já que
era cedo. A cidade morre as 21h. Não encontrei nada pra fazer, retornei pro
hotel e berço.
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