quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Wingate e kidá ao Imi

Nove de janeiro dia de mais treino. Acordamos cedo, bem cedo. Às 7h da manhã já estávamos na rua em direção ao Wingate, a universidade de esporte aqui de Israel, uma das mais renomadas do mundo. Lá há um instituto que cuida dos estudos que aprimoram as artes marciais. Segundo eles, o intuito deles é ensinar aos instrutores como se ensina.

Chegamos lá, um frio do cão, um vento, uma chuva, não é possível o quanto chove nesse deserto. Nos filmes falaram que deserto era lugar de calor e sol, mas vocês sabem como é o povo de Holywood. Enfim, fomos recebidos com uma palestra, em que o PhD responsável pelo instituto nos mostrou o que eles fazem, como fazem e o porquê de fazerem. Ao final da palestra eles retificaram o oitavo dan dado a ele no ano passado pelo Haim Zut. Eles falaram por serem um instituto de estudo não podem graduar ninguém, mas podem confirmar o que já foi dado.
Depois da palestra ganhamos camisas muito bonitas e fomos para o tatame, onde realmente gostamos de estar. Tivemos cerca de três horas de aula com um instrutor de Krav Maga do  próprio Wingate. O cara era um bichinho de descendência italiana que parecia aqueles matadores na máfia, coisa do tipo. Mas foi super gente boa. Nos ensinou umas técnicas que alguns até já sabiam, mas de forma diferente. Foi super produtivo o treino.

Estávamos atrasados e almoçamos correndo no próprio Wingate. Hoje, dia 9 de janeiro, completaram 15 anos do falecimento de Imi, criador do Krav Maga. Nos fomos até o cemitério. Todos em linha fizemos kidá para ele e sua esposa que está sepultada ao seu lado. Aqui em Israel não se abre túmulos. Então não tem aquelas coisas de sepulturas familiares.
Aqui também há um costume diferente d Brasil. Geralmente quando visitamos cemitérios colocamos flores nos túmulos. Por aqui o costume é colocar pedras. Na filosofia deles as flores morrem e as pedras ficam para sempre. Faz sentido. Então é comum vermos túmulos cheios de pedras.
Em seguida, dando prosseguimento à viagem, foi a vez de visitarmos o Museu dos Blindados.  Vários tanques de várias guerras. Um prato cheio para quem gosta de material bélico. Lá também assistimos um filme, na verdade o restante do rupo assistiu, eu confesso que dormi. Voltamos pro lado de fora e a chuva caia e o vento batia e a gente morria.
Fomos ainda em um lugar chamado mini Israel, é simplesmente o mapa de Israel em miniatura. Quem gosta é legal, mas não foi nada de sensacional.
Na volta para Netanya, a chuva caiu forte. Por incrível que pareça choveu granizo. Ainda paramos em um monumento feito em homenagem os judeus que saíram da Hungria em direção ao local onde hoje é Israel. A balsa teve vários problemas na viagem, e um dos passageiros era o Imi. Já era noite, chovia, fazia frio e ventava muito.
Ainda tive pique pra dar uma volta aqui na cidade, já que era cedo. A cidade morre as 21h. Não encontrei nada pra fazer, retornei pro hotel e berço.

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