sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Rio de Janeiro à Jerusalém, a peregrinação

Três de janeiro, início da viagem, saída do Galeão com uma chuva chata castigando o Rio de Janeiro. Após check-in feito e malas despachadas, é a hora do embarque.

 Primeira parte da viagem, Rio de Janerio – Paris. Voo tranquilo, só tirando a pequena queda de uns cinco segundos durante uma turbulência. Depois de cobrir um desastre aéreo de um avião da Air France com o mesmo trajeto e de recentemente ter feito matéria sobre um voo que precisou retornar por causa de pane na aeronave, vocês já imaginam o que eu pensei na hora.

Chegamos a Paris após quase 11 horas de viagem. Assim que cheguei fiquei de boca aberta com a imensidão do aeroporto. Uma vergonha para todos os aeroportos do Brasil. Lá funciona uma linha de metro que interliga os terminais. Só para ter uma ideia. Bom, não vou me prolongar nisso. Pauta para outra hora.
Duas horinhas de conexão e mais cinco horas até Tel Aviv. Viagem cansativa já que estávamos baleados do último voo e o fuso horário começou a fazer efeito (3 horas a frente na França e 4 horas em Israel).
O que me chamou atenção no voo e achei bastante engraçado foi quando serviram o lanche. Antes de embarcar todo mundo mandou eu tomar cuidado com a guerra infinita entre Israel e Palestina e blá blá blá. Aí pedi uma coca-cola e a latinha parecia uma granada.
Quando chegamos a Israel, sensação ótima. Dezoito horas de viagem e era só correr pro abraço. Quando fomos para a imigração a mulher apenas me perguntou:  ’’qual o nome do se pai?’’. O velho tá aqui comigo, quero ver alguém negar.
Fomos retirar as malas e pronto. Primeira merda da viagem. A Air France deixou a minha bagagem e de mais três pessoas na França. Tive que relembrar meus tempos de punk e fui dormir sujo (mentira, tomei banho). Nosso Mestre de Krav Maga, que é israelense, resolveu tudo. No sábado de noite vamos ter nossas bagagens aqui no hotel. E ainda ganhamos bônus de 100 euros para comprar roupas e materiais básicos.
Depois do incômodo, podemos enfim entrar em Israel de fato. Nosso ônibus nos levou até o hotel em Jerusalém, e no caminho já deu para perceber como as coisas são por aqui.  Tudo bonito, informativo (placas em hebraico e inglês) e vazio.
Descobrimos o motivo da cidade estar praticamente morta assim que chegamos o hotel. Israel, principalmente Jerusalém onde estão os mais religiosos, segue o calendário lunar. Ou seja, sexta-feira, à partir do pôr do sol, já é sábado. E sábado é o dia do descanso. E eles levam isso a sério. Só para se ter ideia, no hotel existe um elevador que funciona automaticamente e para em todos os andares, só para não terem o trabalho de apertar os botões. O hotel estava cheiro, porque muitos deles se hospedadam para poderem ser servidos e não terem afazeres domésticos. Até abrir pia eles se negam. Há uma bacia ao lado das pias para que se limpem.
O legal é que as lojas fecham e só vão abrir depois do pôr do sol de sábado. Vou passar o dia todo com a mesma roupa. Show de bola.
O fim da noite foi jantar, escrever e dormir. Ah, não posso também deixar de contar. Estou dividindo o quarto com um rapaz que também perdeu a mala. E só pode ser piada. Embaixo da cama havia uma cueca imunda. Sacanagem.
Vamos, que vamos. Está apenas começando.

2 comentários:

Anônimo disse...

Porra...isso é só o começo? Tenho certeza que vai ser uma ótima experiência de vida para você. Tudo de bom!
João Alcides.

Amandita disse...

E começa a aventura!! :)